Diversidade socioprodutiva conciliada ao manejo florestal madeireiro como alternativa de sustentabilidade para comunidades extrativistas, Santarém/PA
Palavras-chave:
Produção, Diversificação, Agricultura familiarResumo
A diversidade socioprodutiva da agricultura familiar é de extrema importância para a sustentabilidade e reprodução social das comunidades na Amazônia. Este estudo tem como objetivo analisar as práticas produtivas das comunidades, visando identificar espécies, produtos e/ou subprodutos que possam gerar renda e/ou alimento para famílias extrativistas da Gleba Nova Olinda I, Santarém/PA. A metodologia utilizada foi a entrevista semiestruturada e a ferramenta calendário produtivo do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). Sobre as comunidades pesquisadas, estas desenvolvem atividades socioprodutivas de: exploração de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNM), cultivo de roça, criação de animais, caça e pesca. Dentre os PFNM, destacam-se: castanha-do-pará, copaíba e o breu, entretanto, outros produtos também são extraídos da floresta para o consumo familiar, como: bacaba, patauá, buriti, uxi e pequiá. O principal produto produzido é a mandioca para produção de farinha, servindo para consumo familiar e o excedente para venda, além deste, também são produzidos: milho, arroz, feijão, abóbora e melancia. O principal animal criado é a galinha, que serve tanto como alimento, quanto para venda em caso de necessidade familiar. A caça e a pesca são atividades de estrema importância para garantir alimentos para as famílias, que consomem mais de 12 espécies diferentes de peixes e mais de 19 espécies diferentes de animais. Torna-se importante o investimento no processo de governança local, visando que as comunidades possam adquirir maior autonomia das práticas econômicas e produtivas agrícolas tradicionais, e não dos PMFS, visto que possuem pouca experiência quanto ao envolvimento e domínio da atividade florestal.
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