Respostas do Mogno Africano cultivado sem restrição hídrica às condições micrometeorológicas de Goiânia-GO
Resumo
O plantio de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.) encontra-se em expansão no Brasil para fins de reflorestamento ou produção de madeira nobre. O trabalho objetivou avaliar o crescimento de plantas jovens de mogno africano nas condições micrometeorológicas da região de Goiânia-GO, cultivado sem restrição hídrica. Conduziram-se experimentos em casa-de-vegetação (vasos), durante 141 dias, e em lisímetros, por 160 dias. Em vasos ajustaram-se equações de segundo grau entre as variáveis biométricas e o tempo, exceto para o diâmetro de caule, que ajustou uma linear. Suas taxas de crescimento mostraram tendências oscilatórias no tempo, evidenciando uma rápida dinâmica de distribuição de carboidratos entre os órgãos da planta. Em lisímetros, este ajuste foi exponencial com R2>0,95. O consumo de água médio por planta por dia (CH2O d-1) foi de 2,5 L plt.-1 d-1, e o consumo por metro quadrado de área foliar ke d-1= 0,82 L m-2 d-1. As taxas de crescimento novamente mostraram comportamento oscilatório no tempo, não encontrando relações entre maiores taxas e maior consumo de água. A análise de regressão ajustou equações exponenciais entre as taxas de crescimento, as variáveis micrometeorológicas e CH2O d-1. O ke d-1 foi crescente quando relacionado à radiação solar, déficit de vapor, vento e evapotranspiração de referência, e decrescente em relação à umidade relativa. Conclui-se que, sem restrição hídrica, não existe uma tendência em termos de taxas de crescimento de plantas de mogno africano e as variáveis micrometeorológicas, mas o consumo de água pelas plantas possui forte relação com estas variáveis.Downloads
Referências
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