Respostas do Mogno Africano cultivado sem restrição hídrica às condições micrometeorológicas de Goiânia-GO

Autores

  • Derblai Casaroli Universidade Federal de Goiás
  • Gislene Pinheiro da Silva Universidade Federal de Goiás
  • Lucas Melo Vellame Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • José Alves Júnior Universidade Federal de Goiás
  • Adão Wagner Pêgo Evangelista Universidade Federal de Goiás
  • Pedro Henrique de Souza Universidade Federal de Goiás

Resumo

O plantio de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.) encontra-se em expansão no Brasil para fins de reflorestamento ou produção de madeira nobre. O trabalho objetivou avaliar o crescimento de plantas jovens de mogno africano nas condições micrometeorológicas da região de Goiânia-GO, cultivado sem restrição hídrica. Conduziram-se experimentos em casa-de-vegetação (vasos), durante 141 dias, e em lisímetros, por 160 dias. Em vasos ajustaram-se equações de segundo grau entre as variáveis biométricas e o tempo, exceto para o diâmetro de caule, que ajustou uma linear. Suas taxas de crescimento mostraram tendências oscilatórias no tempo, evidenciando uma rápida dinâmica de distribuição de carboidratos entre os órgãos da planta. Em lisímetros, este ajuste foi exponencial com R2>0,95. O consumo de água médio por planta por dia (CH2O d-1) foi de 2,5 L plt.-1 d-1, e o consumo por metro quadrado de área foliar ke d-1= 0,82 L m-2 d-1. As taxas de crescimento novamente mostraram comportamento oscilatório no tempo, não encontrando relações entre maiores taxas e maior consumo de água. A análise de regressão ajustou equações exponenciais entre as taxas de crescimento, as variáveis micrometeorológicas e CH2O d-1. O ke d-1 foi crescente quando relacionado à radiação solar, déficit de vapor, vento e evapotranspiração de referência, e decrescente em relação à umidade relativa. Conclui-se que, sem restrição hídrica, não existe uma tendência em termos de taxas de crescimento de plantas de mogno africano e as variáveis micrometeorológicas, mas o consumo de água pelas plantas possui forte relação com estas variáveis.

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Biografia do Autor

Derblai Casaroli, Universidade Federal de Goiás

Possui Graduação em Agronomia e Mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rio Grande do Sul. É Doutor em Agronomia na área de Física do Ambiente Agrícola pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"- Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Piracicaba-SP. Ainda, realizou seu projeto Pós-Doutoramento no departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP e na "Wageningen University" (Holanda). Foi Professor Adjunto no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), onde ministrou as disciplindas de Climatologia Agrícola, Irrigação e Drenagem e Manejo e Conservação do Solo e da Água, nos cursos de graduação; e o módulo "Relação água-solo-planta: água no solo", para o curso de pós-graduação em Manejo da Fertilidade do Solo do Cerrado. Atualmente, é Professor Adjunto na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA-UFG), Campus Goiânia-GO, ministrando aulas nas disciplinas de Climatologia Agrícola (Agronomia) e Meteorologia e Climatologia (Engenharia Florestal). Atua como professor na Pós-Graduação em Agronomia da UFG (PPGA-UFG), ministrando as disciplinas de Climatologia Aplicada ao Planejamento Agrícola e Hidrologia. Atualmente é Coordenador de Pesquisa da EA-UFG.

Gislene Pinheiro da Silva, Universidade Federal de Goiás

Engª. Florestal, Universidade Federal de Goiás

Lucas Melo Vellame, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professor adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (2005), mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2007) e doutorado em Irrigação e Drenagem pela Universidade de São Paulo (2010). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: irrigação, fluxo de seiva, instrumentação agrícola

José Alves Júnior, Universidade Federal de Goiás

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - SP - FEIS/UNESP (1997-2001), Doutorado em Irrigação e Drenagem pela Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP (2002-2006), Pós-Doutorado em Engenharia de água e solo pela EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa em Arroz e Feijão (2006-2007). Treinamento em irrigação na University of Rostock Alemanha (2005) e na University of Florida (2006 e 2011). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com enfâse em Irrigação, Agroclimatologia e Necessidade hídrica das culturas. Professor efetivo com dedicação exclusiva na Universidade Federal de Goiás em Goiânia - GO. Atua na Agronomia na disciplina de Irrigação e Drenagem na Graduação e Pós-graduação. Na Engenharia Florestal colabora na disciplina de Hidráulica e irrigação. Atualmente possui pesquisas na área de manejo da irrigação na região do cerrado, orientando dissertações e teses na área de concentração Solo e Água; e coordena o projeto de extensão Assessoria a projetos de irrigação e uso racional da água. É Relator Ad-Hoc de algumas Revistas Técnicas brasileiras e também da FAPEG.

Adão Wagner Pêgo Evangelista, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1989), mestrado em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) - Universidade Federal de Lavras (1999) e Doutorado em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Federal de Viçosa (2003). Atuou no setor privado, desenvolvendo projetos técnicos na área de irrigação e drenagem em todo território Brasileiro. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na UFG foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia no período de 2013 a 2015 com nível de mestrado e doutorado. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: irrigação, drenagem, gotejamento enterrado, movimento de contaminantes no solo, nutrição de plantas, oleaginosas, cana-de-açúcar, biocombustíveis e café.

Pedro Henrique de Souza, Universidade Federal de Goiás

Graduando em Agronomia, Bolsista PIBIC/CNPq, Escola de Agronomia, Departamento de Engenharia de Biossistemas, Universidade Federal de Goiás

Referências

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Publicado

2016-08-01

Edição

Seção

Artigos Científicos